Pesquisa da Atividade Econômica Paulista – Paep

Entre 1997 e 1998, com o apoio de diversas associações empresariais, da Fapesp e da Finep, a Fundação Seade efetuou a primeira tomada de informações de campo da Pesquisa da Atividade Econômica Paulista – Paep, que se converteu numa das principais fontes de dados para o conhecimento do processo de reestruturação produtiva das empresas paulistas.

Em 2002, contando com subvenções da Fapesp, do Ministério de Ciência e Tecnologia – por intermédio da Finep –, do Ministério da Educação e da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado São Paulo, e a colaboração institucional de diversas associações de classe, a Fundação Seade voltou novamente a campo.

Essencialmente a mesma pesquisa, mas com duas importantes medidas introduzidas na segunda tomada: o acréscimo do setor de Serviços – que, com exceção dos serviços de informática, não havia sido incluído na Paep/96 –, e a ampliação do estrato amostral.

Tais providências permitiram que a Paep, ao focalizar questões relativas à demanda por mão-de-obra técnica, levantasse informações para a Pesquisa da Atividade Econômica Regional – Paer, que caracterizou o mercado de trabalho dos Estados brasileiros no que se refere à situação das empresas industriais e de serviços diante dos processos de reestruturação produtiva.

Com a série histórica de dados econômicos de empresas – iniciada a partir da atualização pela Paep/2001 da base de dados produzidas pelo levantamento de 1996 –, o Estado de São Paulo passou a dispor de uma poderosa ferramenta para periodicamente caracterizar sua atividade econômica em escala regional.

A consecução deste objetivo, além de tornar possível a clara percepção das transformações que se processaram na economia paulista, fornecendo aos tomadores de decisão, no setor público, nas empresas e demais agentes privados, os indicadores básicos para a fundamentação de suas decisões, igualmente viabilizou, sobretudo ao mundo acadêmico, o acesso a um banco de dados atualizado para a elaboração de pesquisas específicas.

Empreendimento sem similar – as pesquisas econômicas do IBGE não captam a dinâmica dos processos de reestruturação produtiva, nem a regionalização, no interior do Estado de São Paulo, das informações econômicas –, embutiu a Paep em sua concepção a diretriz perseguida pela Fundação Seade de valorização do usuário, tanto do ponto de vista do uso das informações, como da incorporação de parceiros interessados na sua elaboração.